sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Política, desemprego e VALORES...

"O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, reconheceu ontem que o problema do desemprego é o "mais sério" que a economia portuguesa enfrenta. Falando na Comissão de Orçamento e Finanças no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2008, Teixeira dos Santos garantiu que está a fazer esforços para enfrentar o desemprego.Para o ministro das Finanças, a questão do desemprego tem de ser resolvida pela economia, com base na vitalidade do sector empresarial e na capacidade de investimento, e não por decreto. Apesar do aumento da taxa de desemprego, o ministro referiu que foram criados 60 mil empregos líquidos, entre 2005 e o final do segundo semestre de 2007, um aumento de emprego originado pela aceleração da economia.O titular das Finanças reconheceu, ainda, que o desemprego em Portugal não é "meramente conjuntural", mas antes estrutural, algo que é explicado pelo facto de Portugal estar a viver um processo de reestruturação na economia.Já a bancada do PSD, através de Patinha Antão, referiu que o aumento da carga fiscal decidido pelo Governo em 2005 custou aos portugueses o equivalente à Ponte Vasco da Gama. O vice-presidente da bancada do PSD acusou o Governo de ter pedido "inúmeros esforços aos portugueses, dos quais ainda hoje não se conhecem os resultados". O deputado social-democrata frisou, ainda, que foram pedidos esforços aos reformados e acusou o Governo de estar a levar a cabo uma "política inaceitável em termos sociais" com este grupo da sociedade portuguesa. Já Diogo Feio, do CDS-PP, confrontou o ministro com a diminuição progressiva das garantias dos contribuintes, matéria que levou os populares a anunciarem o seu voto contra no Orçamento do Estado.Na resposta, Teixeira dos Santos reforçou a ideia de que o CDS não tem legitimidade para tecer críticas face à sua participação num Executivo que desequilibrou as contas públicas portuguesas. Num debate morno, o titular das Finanças foi ainda confrontado por parte de Francisco Louçã, líder do BE, com a operação feita em matéria de Estradas de Portugal.Com Lusa"
http://dn.sapo.pt/2007/10/26/nacional/governo_que_desemprego_maior_problem.html

É o desastre da política social baseada apenas em modelos económicos. O desenvolvimento integral do homem português, da sociedade portuguesa, claudica por não assentar em valores primordiais, em autênticos imperativos éticos que estão arredados da nossa maneira de governar. É necessário competência, lucidez, ousadia, criatividade. É necessário assentar as politicas e as economias, sejam elas quais forem, numa antropologia humanista e não meramente no economicismo dos números...
A injustiça, a intolerância, a falta de diálogo de culturas,... de um laicismo exacerbado e fundamentalista, dificilmnte levará ao progresso apregoado.

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