quarta-feira, 8 de agosto de 2007

São as coisas boas da vida…


Esta frase: eu ouvi, eu disse, e hoje apeteceu-me pensar.
Que coisas boas? Andamos de facto tão atarefados que complicamos. Usamos o “complicador”…

O complicador é o instrumento mais utilizado na nossa vida. Temos a mania de teimar em chamar “nossa” à vida! Muito nós gostamos do que é nosso…
Começa aqui o uso do complicador. Teimamos em dar demasiada importância a coisas que são complicadas e esquecemos as coisas simples da vida. Hoje acordei com uma dor de cabeça tremenda. O que é? O que foi? Porquê? … e fiquei pior! Se em vez de procurar complicar o raio da “minha” dor de cabeça me tivesse sentado calmamente a tomar um café e a usufruir das coisas boas da vida … que não a “minha”!... Usei o complicador… pumba! O sistema bloqueou…

E o que levamos desta vida é o complicador que nos faz pensar que amanhã perdemos a nossa vida e por isso temos de aproveitar … o quê? O que temos ou não temos e gostaríamos de ter?... Deixemos este barco navegar sem perder a noção de que nós, os outros e o mundo (de que não podemos viver alheados) são a única coisa boa da vida, são a própria vida. Este barco vai passando pelas coisas e elas ficam e nós vamos, aproveitando novas marés, novos sóis, novos ventos, sempre bons porque não são nossos.

Ser simples é muito mais do que não ser complicado. É ser verdadeiro, é prestar atenção, é ouvir com o coração e é falar sem pretender ter as “nossas” ideias. Só quem não usa o “complicador” (é simples) pode estar na vida para os outros sem perder o essencial…

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