sábado, 21 de julho de 2007

São os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar...

Passar cinco horas da vida de um parlamento, em que a temática era o estado da nação, a esgrimir opiniões pouco fundamentadas acerca da liberdade é , no mínimo, preocupante. Se o estado da nação é ou não resumido ao facto de o governo, na pessoa do seu primeiro ministro, ser ou não coercivo das liberdades dos cidadãos e dos parceiros sociais… se há listas de grevistas para levantar processos … se se tiram ou não fotografias a manifestantes, se a preocupação de um primeiro ministro são os apupos se “não fui eu, foi o senhor ministro da administração interna”… se não há provas mas há suspeitas,… para no fim “eu não aceito “ … “eu não admito… lições de liberdade vindos da sua bancada”…

Que se passa? Quais são as regras da nossa democracia? Posso ou não estar a escrever estas “baboseiras”? Tudo isto é sintoma de uma insegurança que tem muito mais a ver com o mal viver da arraia miúda que se se manifesta é porque não está contente, que se apupa é porque não gosta ou é manipulada, que se faz greve é porque luta e se não faz é porque não quer perder o emprego ou o salário de um dia de trabalho. Tudo isto tem mais a ver com a instabilidade, com a falta de pão, para que alguém ralhe nesta casa com razão.

E… por favor … poupem-nos estas misérias… dêem-nos razões para acreditar para que não seja necessário coagir-nos nas nossas liberdades. “são os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar…”

Não sei se não valeria mais a televisão ter-nos mostrado os senhores deputados que estavam a dormir ou a conversar acerca do wisky que iriam beber no fim da sessão (que custa mais que o aumento das reformas ou dos salários).

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