quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Missão da Igreja

A primeira missão da Igreja é o anúncio testemunhal de Jesus Cristo, que leva à fé cristã e à inerente adesão pessoal e comprometida ao mesmo Jesus Cristo, na Igreja…, adesão marcada pelo Baptismo e demais sacramentos da iniciação cristã. Proporcionar a todos os crentes, antes ou depois do Baptismo, esta iniciação, que se não reduz ao ensino da doutrina mas implica um processo catecumenal, é, com a evangelização, a tarefa mais urgente da Igreja. Com a educação da fé, e intimamente a ela ligada, vem a sua celebração, no sentido forte da palavra, particularmente na Liturgia. Esta, como diz o Concílio, é a meta para que tende a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força. (…).Por fim, todos os baptizados …, como Igreja, tornam o mundo mais conforme o pensamento de Deus e nele vão construindo a Igreja de Cristo. Mas isto exactamente coloca um desafio pastoral: aprofundar a fé das pessoas e das comunidades, crescendo na compreensão do mistério, no conhecimento da doutrina da Igreja e na experiência da oração. É preciso, igualmente, crescer na consciência da co-responsabilidade apostólica, vivida em diálogo e em espírito de serviço, descobrindo que a pluralidade dos dons, dos caminhos e dos contributos de cada um, vivida na unidade da comunhão, é essencial a toda e qualquer comunidade cristã, para que possa ser dinamizada para a missão
Ora, o lugar prioritário e específico dos leigos é a construção do Reino de Deus no Mundo. O interior da Comunidade pode ser uma nova forma de "fuga mundi"
Sabemos todos, é verdade, teoricamente, que igreja não é uma pura instituição humana, antes um "sacramento, um sinal e um instrumento" de Jesus e de Deus. Apesar disso há os muitos que insistem na velha igreja instituição de Trento!
Há também os vão pelo activismo: preciso é fazer, atingir metas, façamos programas, tracemos objectivos, que parar é morrer, e a actividade salva, negando à Igreja a sua vertente sacramental, e querendo-a uma simples associação de simpatizantes…. (praticantes)!

E perde-se assim a Igreja em puras discussões internas, descredibilizando-se perante o mundo e perante si própria. Tenho assistido e participado, ultimamente em acesos debates acerca do que diz o novo papa, do que fazem os bispos e do que devem ser os padres.
- Não estará a Igreja a esquecer o sua missão fundamental: familiarizar-se com Deus e ser d’Ele testemunha?
- Não estará a esquecer o seu crescimento na igualdade humana e sua dinamização também na sociedade, debatendo-se em chamar mestre e senhor, dentro e fora de si?
- O falso ídolo do endeusamento dos que são bons e maus não estará a atormentar demasiado a Igreja, impedindo-a de crescer no serviço do anúncio?
- E o mandamento novo… onde está…? Onde está o vede como eles se amam?
- Dai de graça o que recebeste de graça e o Senhor fará crescer o número daqueles que amam.
Parece o Governo português… e não só…, mais preocupado com questões internas do que com a sua missão? Mais preocupado em colher impostos do que em usá-los justamente… mais preocupado com os 2,1% de consumo de combustível em Espanha do que em aliviar-lhe a carga fiscal…
Temos um tesouro e preocupamo-nos mais em construir a caixa forte do que em o aministrar…

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