segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Não queremos padres professores, padres operários, padres casados, padres celibatários…

"É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II, na qual esteja bem estabelecida a função do clero e do laicado, tendo em conta que todos somos um, desde quando fomos baptizados e integrados na família dos filhos de Deus, e todos somos corresponsáveis pelo crescimento da Igreja”Pediu Bento XVI aos bispos portugueses.
“Se fosse eu a influenciar o discurso do Papa acho que haveria alguns tópicos importantes a sublinhar: a urgência da formação de adultos; os padres apostarem na sua missão específica; valorização da espiritualidade; necessidade de experiências provocantes da fé; nova configuração da presença da igreja na sociedade e a urgência da igreja não fechar os olhos aos problemas dos mais carenciados da sociedade.” Ou então: “temos uma pastoral muito erótica porque fica apenas nos desejos.”
Tinha já dito D. Carlos Azevedo.

Que vamos fazer então?

Agir à luz do Evangelho de Cristo iluminando com a lei do amor as realidades dos homens portugueses, tornando a igreja pobre com os pobres, humilde com os humildes, sofredora com os que sofrem?
Como se os bispos não conhecem a realidade das comunidades, os padres não conhecem a realidade da família, do desemprego ou da pobreza (nem são educados para tal… em internato e celibato?
Agir na corresponsabilidade e igualdade pelo baptismo?
Como se os leigos continuam a se vistos como uma solução (mal necessário) para a falta de padres?
Como se os leigos continuam a receber formação para serem padres de segunda… “mais papistas que o papa”?
Agir na renovação de estruturas?
Como se se pretende continuar com a estrutura caduca da paróquia e do pároco e seus “fregueses” sem apostar em comunidades de fé e de valorização da espiritualidade?

Mudam-se os párocos e as comunidades mudam as estruturas para se acomodar a uma visão diferente do novo chefe…
Aparece um novo pároco e passam a “pagar-se” os sacramentos … ou não!
O bispo muda o pároco (sem ouvir a comunidade) e acontece a descontinuidade.
A mentalidade de pároco residente continua a ser incutida de cima…
Afinal qual o estatuto económico do clero? São assalariados ou com justo sustento?!!!!....
Direito a cobrar deslocações?... olha se os leigos também começam a cobrar!...

Igreja povo de Deus com múltiplas funções e missões (não há pretos nem brancos. São todos azuis… azuis claros à frente… azuis escuros atrás).

Novas maneiras de ser padres: ministros da comunidade para a comunidade precisam-se.
Não queremos padres professores, padres operários, padres casados, padres celibatários… queremos ministros ordenados da comunidade, com missões especificas, tais como todas as outras, dentro da comunidade. (louco, energúmeno e inergúmeno)!

1 comentário:

Jogo Social disse...

Não poderei concordar com este post que com tristeza descobri. A Igreja está num bom caminho. Está com uma abertura como nunca esteve. Para confirmar isto basta um pouco de história da Igreja.
Os padres continuam a ser os melhores pastores. Nascem e crescem num contexto familiar. Não precisam de casar para perceber o que é a familia. eles proprios surgiram de uma familia. Em relação ao trbalho: só uma pessoa que não conhece o trabalho de um padre ou que teve a infelicidade de contactar com maus exemplos poderá dizer isso. Tantos padres que vivem numa pobreza estrema e continuam a ser os que animam todo um povo. Outros naturalmente vivem desafogadamente, mas não sem preocupações. Todo o homem vive com proplemas, até o autor deste blog, até eu... O Senhor o abençoe