sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A voz da Igreja acerca da globalização

Analisando o contexto actual, além de se divisar as oportunidades que se abrem na era da economia global, percebem-se também os riscos ligados às novas dimensões das relações comerciais e financeiras. Não faltam, efectivamente, indícios reveladores de uma tendência para o aumento das desigualdades, quer entre países avançados e países em desenvolvimento, quer no interior dos países industrializados. A crescente riqueza económica possibilitada pelos processos descritos é acompanhada por um crescimento da pobreza relativa.

A contínua deterioração dos termos do comércio de matérias-primas e o agravamento da diferença entre países ricos e países pobres levou o magistério a chamar a atenção para a importância dos critérios éticos que deveriam orientar as relações económicas internacionais: a busca do bem comum e o destino universal dos bens; a equidade nas relações comerciais; a atenção aos direitos e às necessidades dos mais pobres nas políticas comerciais e de cooperação internacional. De outra forma, os «povos pobres ficam sempre pobres e os ricos tornam-se cada vez mais ricos»

«A liberdade das transacções só é equitativa quando sujeita às exigências da justiça social»

«No passado, a solidariedade entre as gerações constituía, em muitos países, uma atitude natural por parte da família; hoje, tornou-se também um dever da comunidade»

in "Compêndio de Doutrina Social da Igreja" 361 a 367

A globalização comporta uma mentalidade particular sobre os valores técnicos e sobre a riqueza, esquecendo valores fundamentais da convivência humana ...


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