quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Notas sobre associativismo cultural

Não tenho idade para ter pertencido às fileiras do associativismo cultural anterior ao 25 de Abril. Estou, no entanto, consciente que o associativismo cultural era uma ilha de cultura e de cidadania. Uma das poucas formas que se abria ao cidadão para participar activamente no processo democrático da cultura.
Hoje, o associativismo cultural, continua a ser uma das formas de viver a liberdade, de educar para a cidadania.
Pertencer a uma associação cultural é ser actor na cidade, parceiro inegável e indispensável do desenvolvimento cultural a nível local. As associações culturais são educadoras para a cidadania dos seus elementos.
As associações fazem com que os seus membros passem de meros consumidores dos fenómenos culturais a “fazedores” de cultura.
Assim me entendo como membro e dirigente de grupos culturais.
Ser membro de uma associação é partilhar com alegria projectos de cultura, de valores, de humanização das nossas comunidades.
Fazer associativismo é fazer com que os que pertencem às associações se sintam felizes por criar, por ser reconhecidos no seu “dar”, por humanizar a sociedade.
Estará em crise o associativismo?
Porquê?
Este debate não me parece estar feito:
qual o papel do associativismo no século XXI?
A questão é que os cidadãos começam a estar indiferentes ao associativismo.
Que consequências pode isto trazer?

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